13 outubro 2008

Não se nasce leitor

O leitor não nasce, faz-se; mas o não leitor também: fazemo-nos leitores ou não leitores com o passar do tempo, no decorrer de um processo formativo no qual intervém o desenvolvimento da personalidade, e no qual vivenciamos experiências leitoras motivadoras e desmotivadoras, quase sempre em dois únicos contextos, o familiar e o escolar.
Pedro Cerrillo

Nos passados dias 10 e 11 de Outubro a Biblioteca Pública de Évora recebeu Rui Marques Veloso, mestre em literatura infantil, para formar essencialmente animadores socio-culturais, bibliotecários, educadores, professores e técnicos de bibliotecas a serem mediadores de leitura.

Durante quinze horas os formandos tiveram conhecimento da realidade dos níveis de literacia em Portugal, passaram a dominar as premissas que norteiam a promoção da leitura, aprenderam a definir estratégias conducentes a uma efectiva educação estética, aprofundaram os saberes relativos à literatura para crianças e jovens existentes em Portugal e no estrangeiro e ficaram a saber animar uma colecção de livros ou uma pequena biblioteca.

O formador Rui M. Veloso esteve em permanente reflexão com os formandos para a capitalização dos seus saberes e experiências, e fê-los ter um contacto directo com numerosos títulos de literatura infantil de diferentes géneros e temáticas (albúns, contos tradicionais e modernos, poesia, drama, romance). Foi dado ainda ênfase especial à ilustração destas pequenas grandes obras, em que um livro infantil deve ser considerado no seu todo como uma obra de arte (texto, grafia, ilustração).

Da mesma forma que revelou serem essenciais duas palavras na sua vida - Amor e Humor -, Rui Marques Veloso conseguiu transparecer esta filosofia para os formandos e motivá-los a pô-la em prática como mediadores de leitura para crianças. No dia 28 de Novembro, a BPE voltará a ter o prazer de receber este mestre em literatura infantil nas V Conferências do Cenáculo.

Cultivar a imaginação é aumentar a nossa capacidade de conhecer e compreender a realidade.
Georges Jean

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