21 outubro 2010

José Luís Peixoto na BPE


Livro, de José Luís Peixoto | Quetzal Editores
«Não têm conto as vezes que me disseram: Livro, posso ler-te? Rio-me dessa gracinha com o umbigo.»

O sucesso de José Luís Peixoto está directamente relacionado com o contacto que o autor mantém com os seus leitores. Homens, mulheres, rapazes e raparigas de todas as idades, que vivem na cidade, no campo, em Portugal ou no estrangeiro. Leitores assim merecem ser recompensados. Dia 25 de Outubro, às 18h00, na BPE: o momento para os leitores encontrarem o Livro.

SOBRE LIVRO
A extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto.
Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um presente com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe-nos a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade.

Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura.
Livro confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importância no panorama literário internacional.

PRIMEIRA FRASE
«A mãe pousou o livro nas mãos do filho.»

EXCERTO
«No alto do cabeço, o barbeiro tirava o cigarro da boca, como se o desembaraçasse do bigode, chegava-o ao pavio e fazia cara feia enquanto segurava o foguete de braço esticado, a jorrar fagulhas, antes de o largar. Era um bicho ruim que queria ser solto. Mal podia, num ruído de lixa, esfregava-se no ar e estourava uma bola de fumo no céu, espécie de nuvem anã. De pescoço dobrado para trás, o Ilídio e o Cosme encostavam as mãos à testa para verem esse efeito. A cana, desarmada, indefesa, via-se sem pé e deixava-se cair sobre os campos, coitada.»

DA PRIMEIRA CRÍTICA
«Livro é, espantosamente, uma síntese da história do romance português desde Eça e Camilo»
Miguel Real, no Jornal de Letras

«História de uma dupla educação (Ilídio e Livro), José Luís Peixoto mantém o seu lirismo singular em Livro, estatuindo a frase entre a racionalidade do realismo descritivo e a emoção do verso poético»
Miguel Real, no Jornal de Letras


JOSÉ LUÍS PEIXOTO
Nasceu em 1974, em Galveias, Ponte de Sor. É licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias traduzidas num vasto número de línguas e é estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. Textos seus são lidos e estudados por milhares de crianças e jovens em manuais escolares. Em 2001, José Luís Peixoto recebeu o Prémio Literário José Saramago com o romance Nenhum Olhar, que foi incluído na lista do Finantial Times dos melhores livros publicados em Inglaterra no ano de 2007. O seu romance Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, atribuído ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha em 2007. Os seus livros estão publicados em Espanha, Inglaterra, Itália, França, na Finlândia, Holanda, no Brasil, nos Estados Unidos, entre outros países, estando traduzido num total de 16 idiomas.

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