23 março 2010

Ontem ao serão, José Fanha inundou a Biblioteca Pública de poesia





Poesia no Feminino era o mote, e com a sua belíssima voz, eloquência e boa disposição, José Fanha, acompanhado por dois músicos que tocaram canções e árias dos séculos XVI e XVII, declamou poemas de mulheres portuguesas, desde o século XVI ao século XXI.

Florbela Espanca, Sophia, Maria Teresa Horta, Maria Alberta Meneres… e belas palavras de muitas outras poetisas (ou poetas!) foram escutadas no espaço da sala de leitura da hemeroteca da BPE.

Destacou que se há característica que demarca a poesia feminina é a sensualidade, sendo que, por outro lado, é muito mais raro encontrar uma mulher que escreva poesia sobre a mãe, ao contrário da poesia masculina, em que não há poeta, que a dado momento não toque no tema.

No final de uma sessão que durou cerca de hora e meia, Fanha deixou um repto aos pais, avós, educadores: "Leiam para as vossas crianças. Ainda que vocês possam ser pouco amigos da leitura, as histórias lidas a crianças acompanhá-las-ão para sempre…"

Os músicos João Mateus na corneta e Pedro Rafael Costa no Alaúde. O curioso instrumento tocado por João Mateus - corneta - é um instrumento medieval que caiu em desuso, mas que o músico João Mateus faz questão de não deixar esquecer, sendo ele próprio o construtor dos instrumentos que toca.

1 comentários:

jorge vicente disse...

Deve ter sido mesmo fantástico!!!

Um grande abraço
Jorge Vicente, também poeta

visões, neurónios & afectos